domingo, 21 de março de 2010

Tempus fugit.

Desde finais de Fevereiro, a barreira entre a minha vida e o tempo para a viver tem andado muito mas muito tremida. Única razão? A falta de tempo para efectivamente fazê-lo. Serei muito repetitiva se disser que não tenho tempo para a maior parte das coisas para além da faculdade?
Mas é verdade. Não tenho tempo, não porque ele não exista, ele lá está todos os dias a fazer o seu trabalho, mas porque eu não o quero desperdiçar, quero tentar ter o maior tempo possível para conseguir fazer tudo. E quanto menos tempo passo a relaxar, menos quero fazê-lo. E quanto menos tempo passo a descansar, mais tempo passo acordada. E quanto mais tempo passo acordada, mais tempo passo a trabalhar e a aperceber-me que, a partir daqui, a minha vida vai ser assim. Isto. E não o digo num sentido pejorativo, digo-o apenas para me relembrar that it won't get any better than this. Para me relembrar que as poucas horas de sono vão continuar, que o muito stress e a pouca vontade de comer vão continuar, que as saudades de casa quando estou longe vão aumentar, que as saudades da voz, do perfume e do sorriso da minha mami quando estou longe vão continuar, que este cansaço (palavra que eu proibí na minha linha de raciocínio mas que acabou por sair) veio para ficar por muito tempo. Ainda a semana passada fui ao cinema mas passou tudo tão a correr, e teve de ser à noite depois de um dia cheio de aulas. Não sei onde pára a minha agenda onde tinha tudo organizado e direitinho para não me esquecer de nada. Quero conseguir ser uma boa professora, mas há segundos em que me perco no meio de tanta coisa. Tenho algumas coisas em processo de planeamento a longo prazo que, sinceramente, me estão a stressar ainda mais. E no fim do dia tenho sempre a sensação de que podia ter feito tanto mais ou tudo de uma maneira diferente.
Não tenho mais tempo para coisas triviais.
Não me sinto velha, sinto-me muito, mas mesmo muito diferente.

Tempus fugit. E eu não faço nada para o impedir.

terça-feira, 16 de março de 2010

Porque preciso de qualquer coisa que me faça sentir bem.

Venho só aqui falar de uma coisa: da música que me faria sentir no Paraíso agora mesmo se ouvida no devido e correcto contexto. De uma música que para mim é Verão, é praia à noite, é mini saias, é calor, é pele bronzeada, é areia, é cheiro a bronzeador, é cabelo molhado, é tempos felizes e despreocupados, é descanso. Ouvi-a pela primeira vez no Algarve, há bastantes anos atrás, quando, no hotel, desci as escadas e me dirigi para o salão de baile e esta música começa a tocar assim que eu entro no salão. E faz-me sentir bem sempre que penso nela e a oiço. E faz-me sentir bem simplesmente pelo ritmo, pela melodia. A letra? Fico um bocadinho nostálgica, mas no estado de caos em que a minha vida está, sem tempo para me virar para lado nenhum, lá se engolem partes da letra, porque, para mim, é uma das músicas da MINHA VIDA. E por favor, oh Vida, dá-me só 5 minutos para a ouvir.

Wicked Game - Chris Isaak

No, I don't want to fall in love
[This love is only gonna break your heart]
With you. 




Porque preciso [urgentemente] de qualquer coisa que me faça sentir bem.

quarta-feira, 10 de março de 2010

But in the end, who isn't?

Hoje fui com a minha queridaaa Cathy Oh ver Alice in Wonderland ao cinema. O que dizer sobre o filme? Gostei muito muito muito! Traz-nos a visão de uma Alice já crescida, que pensa que a sua ida ao País das Maravilhas foi apenas um sonho de criança (eu acredito que não foi) , mas que quando volta a seguir um white rabbit e a cair num black hole se vai apercebendo que aquele estranho lugar lhe é familiar. 
E faz-nos pensar se realmente somos quem pensamos/acreditamos/afirmamos/temos a certeza que somos. E quando temos a total certeza do que queremos e de quem somos, então ninguém nos pode dizer o contrário. Eu pelo menos penso assim. Há dias em que, durante um dia inteiro, eu tão depressa cresço e me sinto gigante como me sinto a mais pequena e insignificante das criaturas terrestres. Mas independentemente do meu tamanho, eu lá vou tentando seguir o meu caminho e às vezes é preciso ser-se um bocadinho (ou totalmente) louca para o conseguir!


Se sou louca? Tem dias. But in the end, who isn't? :D

segunda-feira, 1 de março de 2010

Talk

Isto por aqui tem andado muito complicado.  SABEM FAZER PLANOS DE AULA?  Não vou dizer mais nada.

You speak so many bloody languages, and you never want to talk.